segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Jovens Góticos no Cemitério e o peleguismo da UNE.



      A comentarista da rádio CBN, Lucia Hippólito, há algum tempo alertava sobre a postura da UNE, desde que o governo PT assumiu o poder, de se distanciar do objetivo precípuo de um órgão estudantil, propor alternativas e discordar das idéias vigentes.
      Ao que parece as devido às verbas provenientes do governo federal, a organização incorporou uma triste postura de “peleguismo” estudantil. Não cumprindo o importante papel à nação, que é cobrar por meio de manifestações e protestos uma equidade para o cenário da política nacional. Os integrantes da  UNE e de outros órgãos estudantis, ou mesmo os que não integram entidade alguma, adotam uma postura de petrificante acomodação em relação aos dilemas que compõem sua realidade.
      Enquanto os estudantes chilenos tomam ruas, confrontam a policial para reivindicar uma educação de maior qualidade, dando grande exemplo de civismo. Com um comportamento totalmente enviesado, alguns jovens brasileiros fazem festas em cemitério, com orgias e arruaças, perdendo a noção do que realmente é importante para nosso presente e futuro em termos de cidadania e justiça social. É claro que alguns antropólogos e talvez historiadores critiquem minha forma de ver estes rituais urbanos, mas com todo respeito a estes estudiosos do comportamento social, não posso deixar de manifestar minha aversão, considerando a passividade atual dos estudantes e cidadãos mais novos frente a toda corrupção que graça em nosso país.
      A juventude é a mola propulsora para mudanças, as grandes revoluções, para o bem e para o mal vieram amparadas por este segmento. Quanto mais acanhada, individualista a mentalidade, tanto mais estagnado se dará as necessárias transformações. Temos lacunas e déficits oceânicos na educação, saúde, segurança. Ocorrendo a necessária organização no sentido de cobrar autoridades, criar mecanismos de fiscalização constitucional dos Poderes e destinação de verbas, certamente em um tempo reduzido, surgirá um país mais sororal, utilizando um termo do professor Leonardo Boff.
      Infelizmente a mentalidade juvenil, em grande parte é de inanição participativa e tal proceder custará um grande atraso histórico.

2 comentários:

  1. Apesar de saber que vc está certo, preciso acreditar que nem todos jovens estudantes são iguais. Tem muita gente boa, que porém como eu (na minha época de faculdade), acabam se desiludindo com movimentos como a UNE, que deveriam a priore defender causas educacionais contundentes, buscando a melhoria universal do ensino público.
    Nosso jovem está perdido por falta de verdadeiras lideranças.

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  2. Mto bom o texto, bróder! (e qto tempo, heim..rsrsrs.. Precisamos conversar!).. Tb tenho acompanhado essa mais q revoltante passividade de nossa junventude (entre outros grupos de 'poder', mas, amarrados de um modo ou de outro ao governo).. Teu texto me remeteu a este outro, do El País (n sei se vc já leu, mas, eis o link: http://glo.bo/piJBBk)..

    Então, no mais, km vão as coisas, meu caro? Sgte, tenho tido uns convites "aí" insistentes, e gostaria de partilhar contigo, poder ser?
    Me siga no twitter p nos reaproximarmos, se puder (q, temporariamente, "congelei" meu Facebook - conta 'dasativa'). @janzleo

    Forte abraço; Tamu junto, Taú.

    Léojanz
    Ecofilosofia,
    DemocraciaRealBrasil,
    PolíticosSemSigilos.

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